sábado, 14 de março de 2009

Rosário de fraudes.....é bom relembrar.....

A investigação sobre as fraudes na Sudam, uma das maiores já feitas no país, levou quase cinco anos para desembocar na devassa da Polícia Federal na empresa da governadora do Maranhão e de seu marido
Abril de 1997
O Ministério Público Federal em Mato Grosso, intrigado com o número crescente de empresas financiadas pela Sudam no Estado, começa a fiscalizar a aplicação dos recursos públicos e descobre uma usina de falcatruas

Janeiro de 1998
A investigação chega ao primeiro tubarão da turma, o empresário José Osmar Borges, que recebeu 246 milhões de reais da Sudam e é suspeito de desviar cerca de 130 milhões de reais

Fevereiro de 1999
O procurador da República José Pedro Taques, de Mato Grosso, faz uma síntese de sua investigação e distribui aos colegas de nove Estados, todos da chamada Amazônia Legal, para servir como guia nas apurações

Início de 2000
Tocantins é o primeiro Estado a descobrir que em seu território estava sendo aplicado o mesmo golpe e com os mesmos métodos encontrados em Mato Grosso. Cria-se, ali, o QG das investigações sobre o caso Sudam

Início de 2001
A Secretaria Federal de Controle, órgão do Ministério da Fazenda, numa investigação própria, descobre fraudes de 44 milhões de reais no projeto Usimar, em São Luís, no Maranhão

Abril de 2001
Com a investigação já espalhada por quatro Estados, aparecem as transcrições de diálogos telefônicos que comprometem o então senador Jader Barbalho com as fraudes na Sudam. O Ministério Público pede à Justiça a prisão preventiva de 97 suspeitos de fraudar a Sudam. Só 27 são presos. Em operações de busca em empresas e escritórios, a PF encontra uma lista em que o nome do senador José Sarney aparece ao lado de três projetos da Sudam. A lista, aliada às fraudes na Usimar, alerta os investigadores para uma possível conexão no Maranhão

Outubro de 2001
Em outro escritório de consultoria especializado em fraudar a Sudam, o AC Rebouças, em São Luís, a PF encontra um depósito para o ex-senador Jader Barbalho e documentos da Lunus, que pertence a Roseana Sarney e a seu marido. Como a Lunus, até 1994, fora dona de empresa suspeita de fraudar a Sudam, os investigadores passam a desconfiar de que a empresa pudesse, ainda hoje, estar envolvida nas irregularidades
Março de 2002

A PF faz uma devassa na sede da Lunus, em São Luís. Encontra documentos que sugerem um vínculo da Lunus com outras empresas fraudadoras da Sudam e, também, papéis sobre o projeto da Usimar

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